17 de jan. de 2012

Ser do contra...



Se existe uma coisa no mundo que é mais gratificante é ser do contra. Desde de criança somos educados para sermos iguais, por que ser igual é a mesma coisa que ser aceito, ser aprovado, ou até mesmo ser amado. 
Esse negócio de "viva a diferença", na prática não tem valor nenhum para boa parte sociedade, legal é ser igual, é seguir a moda mesmo que a moda não queira seguir você! (rs)
Pense como os outros, haja como os outros, vista-se como outros, coma, leia ... é uma pressão muito grande!
Quando me tornei magista, me tornei uma alienígena. Perdi muitos amigos e até hoje tem gente que não fala mais comigo. 
Ser do contra eu considero, na verdade, como uma carta de alforria. É a libertação dos parâmetros de comportamento e tantas outras coisas com as as quais mesmo sem querer, somo obrigados a aceitar para poder se sentir alguém. Um exemplo disso são as redes sociais.Veja só: No começo era tudo Grupos de Discussão, juntava-se uns amigos e criava uma espécie de comunidade, depois vieram o Orkut, os Fóruns, os Nings, Multiply, etc, etc, etc... mas agora a moda é Facebook (que nem tem tanta graça assim). Aí aquele povo todo que frequentava o Orkut ( que eu chamo de "resistência") agora estão falando mal dele, por que o lance agora é o outro, onde todos o seus amigos estão. E se você não fizer uma conta no Facebook, ahhh você está atrasado!Ao meu ver quando todo mundo cansar da novidade vão todos voltar para o "fora de moda". Mas por hora se quiser falar com a galera vai ter que ser por ele.
Fazer alguma coisa só por que outros fazem também é pedir para ser comodista. O mundo é tão maravilhoso, há tantas perguntas sem respostas, há tantos mistérios para serem revelados e milhares de experiências esperando para serem vividas, mas o resto do mundo prefere a escolha chata de não se arriscar. Ser individual é usar a criatividade para inventar a própria moda, de se diferenciar. 
Se está achando que isso não afeta os pagãos, acabou de cometer um grave erro. O comodismo também os afeta, do mesmo modo que afeta a maioria das religiões patriarcais. Se o pagão aprendeu que uma coisa só pode funcionar de um jeito, é desse jeito que vai funcionar pelo resto da vida. Exite até discriminação de conhecimentos, como os bruxos naturais de magos cerimoniais. Muitos não gostam de ver o mundo além do circulo que criaram, como se qualquer coisa fosse capaz de desvirtuar seus conceitos de espiritualidade.
Parei de me julgar pagã a partir do momento em que me vi presa num conceito e a uma espiritualidade que não me diziam mais nada. Então comecei a criar a Tradição da Vorena, baseado apenas nas experiências que eu julgava serem coerentes comigo e com a minha própria magia, minha própria espiritualidade. 
Ser do contra não é somente negar os modismos, bater de frente com o sistema, ou ir contra a banalização de qualquer espécie, mas é colocar para fora a vontade de ser algo totalmente novo. Respeitar  as diferenças ao mesmo passo também ser exclusivo, é descobrir-se como sendo uma fórmula única e insubstituível. Aquele velho ditado "conheça-te a ti mesmo" engloba todos esses pensamentos e muito mais se pararmos para meditar seriamente sobre ele.
Seja uma metamorfose ambulante se for preciso , mas não tenha aquela velha opinião formada sobre tudo!


Nenhum comentário:

Postar um comentário